OS TEMPOS QUE CORREM. Miguel Vale de Almeida


28.6.07  

Do ranço ao arrivismo e de volta ao ranço

Este pode (sublinhe-se: pode) ser mais um exemplo do Ranço da universidade portuguesa. Mas o Ranço não é a única pecha. Há, no outro extremo (mas os ditos tocam-se, não é assim?) o Arrivismo: certos campos do "conhecimento" entraram na universidade há uns anos; hoje praticamente dominam algumas delas; e em breve transformá-las-ão em concessionárias de empresas, a julgar pelo discurso dominante. Daqui a 10 anos terão criado o seu próprio ranço, sob a forma de um discurso normativo e ideológico sobre o Mercado. Áreas do "conhecimento" que se calhar nem num Politécnico deveriam estar, mas sim em escolas técnico-profissionais. Sem demérito.

O que tanto as elites antigas como as elites novas não querem é conhecimento, cultura geral e pensamento crítico. Coisas de esquerdalhos, humanistas, gajas e maricas.

mva | 09:39|