OS TEMPOS QUE CORREM. Miguel Vale de Almeida


20.5.07  

Assim relata o Público o congresso do CDS:

«Foi preciso chegar ao fim da tarde e de muitas intervenções a pedir clarificação de princípios para ouvir Pires de Lima explicar a sua ideia - liberalismo económico, claro, mas também social, "menos Estado na vida privada de cada um". Não é o casamento ou a adopção de homossexuais, mas também não é a tolerância para com eles: é o reconhecimento da união de facto entre pessoas que escolham viver em comum.» Mais abaixo, e agora referindo-se a João Almeida, líder juvenil, a notícia continua: «Mas, questionado sobre o reconhecimento da união de facto de homossexuais, recua: "O partido não pode descaracterizar-se, senão deixa de ser democrata-cristão."».

Alguém anda muito baralhado: as uniões de facto entre pessoas do mesmo sexo ou de sexo diferente estão consagradas na lei portuguesa desde 2001. Uma lei que mesmo assim discrimina, pois proíbe a adopção pelos unidos de facto do mesmo sexo.

mva | 10:15|