OS TEMPOS QUE CORREM. Miguel Vale de Almeida


5.4.07  

Os doutores

Dadas as confusões recentes (sobre diplomas, sobre a mania dos doutores, sobre a função pública, etc) no país, talvez tenha cabimento um esclarecimento sobre os graus e carreira universitários, nem sempre claros para a restante "sociedade civil".

Primeiro, uma pessoa faz uma Licenciatura. Fica Licenciad@. Na carreira docente universitária fica Assistente Estagiári@. Depois faz um Mestrado, com provas públicas. Fica Mestre. Na carreira docente fica Assistente. De seguida vem o Doutoramento, com provas públicas. Fica Doutor(a). Na carreira fica Professor(a) Auxiliar. Se, cinco anos depois de passar a esta situação, e tendo o contrato renovado todos os anos, conseguir passar numa avaliação, obtem a Nomeação Definitiva. Depois, e se abrir um concurso (coisa rara, e com sete cães a um osso), pode concorrer a Professor(a) Associad@. Só então entra no Quadro. Por fim, e depois de ser avaliad@ periodicamente, e se abrir concurso (coisa rara e com sete cães a um osso), pode concorrer a Professor(a) Catedrátic@. Mas para tal terá que ter feito as provas de Agregação (três provas públicas diferentes, em dois dias), às quais se pode candidatar uns anos depois de ter obtido o Doutoramento. (As avaliações e concursos a que me refiro reportam-se sempre à tripla obrigação da profissão universitária: ensino, investigação científica, e administração; ao longo deste percurso, os ordenados líquidos vão de mais ou menos 1000 a 3000 euros - acima disto só mesmo para a percentagem ínfima de docentes que são catedráticos). Há algumas diferenças, que não conheço bem, nas carreiras do ensino politécnico e da investigação.

Mais pormenores no site do (meu) sindicato,o SNESup.

mva | 11:38|