OS TEMPOS QUE CORREM. Miguel Vale de Almeida


15.1.07  


O grau zero da coisa

As pessoas do Não têm os seus valores e têm a liberdade para viverem de acordo com eles. Se a lei mudar continuarão a poder fazê-lo. Mas uma percentagem muitíssimo alta de portugueses e portuguesas não tem, neste momento, a mesma liberdade. Na situação actual, o estado português protege os valores específicos dos defensores do Não e não garante a liberdade de escolha aos e às restantes portugueses e portuguesas. O Sim é um voto pela liberdade de escolha de toda a gente - incluindo os defensores do Não. O voto no Não é, pelo contrário, um voto que pretende tomar decisões pelas outras pessoas, impondo uma visão específica (e não apenas defendendo a sua, já que essa continuará salvaguardada. O Sim acrescenta. O Não continua a subtrair.

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mva | 19:52|
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O direito à vida é o direito dos direitos, o mais básico, fundamental. Sem este direito não posso exercer nenhum outro, daí que este seja um direito que só em circunstancias muito restritas pode ser negado. É isso que a nossa lei já prevê. O que estamos a discutir é a negação deste direito, sem restrições, até às dez semanas. Porque não estamos na presença de um ser humano? Estamos sem sombra de vida. Do embrião humano nada pode sair senão um ser humano. Estamos perante um ser humano numa determinada fase do seu desenvolvimento e negar o direito básico da vida a este ser é dar-lhe um estatuto inferior a coisas, animais e até mesmo a seres humanos já sem vida.
 
E o direito a nascer do nascituro?
Quem o garante?

Nuno M Almeida
http://www.arte-de-opinar.blogspot.com
 
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