OS TEMPOS QUE CORREM. Miguel Vale de Almeida


19.12.06  

Calabouços

Hoje tropecei, pela enésima vez, na expressão "calabouços da Polícia Judiciária" num artigo qualquer de jornal. Não há artigo sobre matéria criminal ou policial que não recorra a esta expressão. É um daqueles vícios de linguagem que denotam inércia cultural. Será que a prisão, ou as celas, ou a zona de detenção, da PJ é mesmo um calabouço - com tudo o que a palavra invoca de paredes escorrendo humidade, grilhetas, palha no chão, ratos, um fio de luz entrando por uma fresta, vindo de lá fora, em plena Idade Média?

mva | 18:47|