OS TEMPOS QUE CORREM. Miguel Vale de Almeida


23.9.06  

Ian McEwan depois de congresso

«When we go on about the big things, the political situation, global warming, world poverty, it all looks really terrible, with nothing getting better, nothing to look forward to. But when I think small, closer in - you know, a girl I've just met, or this song we're going to do with Chas, or snowboarding next month, then it looks great. So this is going to be my motto - think small» (Ian McEwan, Saturday)

Quem o diz é o rapaz de 18 anos, músico de blues, filho do personagem principal, um cirurgião de quarenta e muitos, boa pessoa mas basicamente overwhelmed pelo excesso de trabalho. O rapaz não está alienado das "grandes coisas"; não é "fútil". Simplesmente sabe que ficaria maluco se carregasse o peso e o lastro das grandes coisas. Sobretudo sabe que as "pequenas coisas" que faz têm uma grandeza muito particular. Os blues que compõe colocam-no em sintonia; o esmagamento a que o pai está sujeito, pelo contrário, faz da sua vida ruído estático.

mva | 09:57|