2.8.06
Ditadores & quejandos
Fidel Castro anuncia, para todos os efeitos, que passa o poder ao seu irmão. É engraçado como um regime "socialista" institui a monarquia (não é caso único, já tinha acontecido na Coreia do Norte).
Os senhores do regime de Teerão visitam o Líbano. Vestem todos casaco de fato, mas uma camisa branca sem colarinho e sem gravata. É engraçado como as utopias por decreto inventam sempre regras de indumentária (não é caso único, já tinha acontecido na China).
Alberto João Jardim especializou-se na linguagem arruaceira em contexto de romaria. É engraçado como os autocratas (que, por definição, acham que são os únicos que sabem fazer as coisas) precisam de alimentar o pior das "massas" para sobreviverem.
PS: Acho errado achar-se graça e encolher-se os ombros face a Jardim; como é errado achar-se simplesmente que Bush é tonto. Nem um nem outro são burros. São é perigosos. E acho errado apelar-se - mesmo que em tom de brincadeira, claro - à independência da Madeira para "nos" vermos livres de Jardim. Porque o "nos" inclui os madeirenses. Precisamos, isso sim, de nos tornarmos (todos os portugueses) independentes dos Jardins. Ele ganha eleições? Sim. Mas como? E diz ou não diz - e faz ou não faz - coisas que já deveriam ter levado à acção das "instâncias competentes" (a começar pelos presidentes da república)? Rir das suas alarvidades, desculpando-as como tonterias, e alienar os madeirenses brincando com a ideia de independência, é perpetuar o jogo político de Jardim.
mva |
17:34|
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