OS TEMPOS QUE CORREM. Miguel Vale de Almeida


4.7.06  

¡No pasarán!

Ao declarar válidos os exames ginecológicos no caso das mulheres condenadas por aborto hoje, em Aveiro, o estado português (através do Tribunal da Relação de Coimbra) penetra nos corpos das pessoas, policia-os por dentro, e diz o que é legítimo ou não elas fazerem a eles.

Para qualquer pessoa civilizada isto é a barbárie.

Alguém na Patagónia ou assim oferece um pedaço de terra para esta gente emigrar e fazer lá o seu estado fundamentalista, sexista e fascista?

Nós, as pessoas que acreditam na liberdade e nos direitos humanos, não podemos ficar quietos na campanha do referendo que aí vem. E muito menos no dia do referendo. Desta vez, temos que garantir que Portugal entra na modernidade e na Europa. Nunca o fascismo social esteve tão vivo entre nós. Agora melífluo, sorridente, legalista, protector do potencial dum punhado de células e não das cidadãs plenas deste país. Temos que mobilizar a nossa revolta, inspirando-nos em lutas antigas: ¡No pasarán!

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mva | 21:03|