OS TEMPOS QUE CORREM. Miguel Vale de Almeida


2.4.06  



Notícias do asilo

Pelo que tenho percebido da blogosfera que visito, dois curiosos assuntos estão na crista da onda. Por um lado o processo de Margarida Rebelo Pinto contra o "Couves e Alforrecas" de João Pedro George e, por outro, as desventuras de Freitas do Amaral no Canadá. A distância tem esta coisa de, para o bem e para o mal, simplificar: MRP (P?) tem tanta autoridade moral para processar a crítica e as citações (citações, não plágios) de JPG como eu de processar um recenseador dum texto meu que o ache uma porcaria sem pés nem cabeça. Isto é, nenhuma.

E FA (e o governo de que faz parte, convém não esquecer; FA não age como freelance, pelo menos esperemos que não...) tem a mesma autoridade moral para proteger os portugueses à beira da expulsão quanto o governo da Roménia ou da Moldávia para proteger os seus cidadãos de serem expulsos de Portugal. Só que tudo indica que FA age como se Portugal não expulsasse ninguém, e como se as pessoas que expulsa tivessem solicitado, como o fizeram muitos dos portugueses, o estatuto de refugiados (coisa que, no caso de angolanos, moldavos, guineenses e tantos outros, seria quatrocentas mil vezes mais legítima do que no caso de um português no Canadá).

mva | 02:26|