OS TEMPOS QUE CORREM. Miguel Vale de Almeida


30.6.05  

Tele-Aljubarrota.

Pequeníssimas reportagens nos noticiários portugueses sobre o dia de hoje em Espanha. Num caso, nem correspondente havia; noutro, era entrevistado um padre, mas ninguém do lado do governo; noutro ainda, Zerolo fala como se fosse mais um na rua - a TV não explica quem ele é, talvez porque não imagine que seja possível haver um político assumidamente gay (e o nível é tão baixo que até nas legendas surge a palavra "dEscriminação"...). Absolutamente ninguém em Portugal é convidado a comentar: o assunto não existe entre nós, por decreto televisivo, normalmente mascarado de entendimento supremo daquilo que move as pessoas - talvez por isso Adelino Ferreira Torres, um cacique de um remoto esconço rurícola da Europa, tem mais tempo de antena. Talvez sejam estas as "prioridades nacionais".

Mas como interpretar este misto de incompetência profissional, desprezo, alheamento do mundo e pura e simples ignorância? De duas maneiras. A pessimista é que se trata de um efeito de hegemonia ("isso de gays não existe entre nós", "este país não é a Espanha", etc.) e/ou de uma estratégia propositada (a quem pertencem e a quem devem as TVs? Hello!...). A optimista é que o assunto dos casamentos gay e lésbicos não perturbe tanto assim e as redacções estejam a partir do princípio que, em breve e sem grande "estrilho", também por cá seremos civilização.

A ser verdade, então nesta legislatura ainda - ouviu, senhor engenheiro?

mva | 20:47|
Comments:
Há outra interpretação: os gajos são essencialmente incompetentes e 'tão-se a cagar para tudo.
 
Ouve cá, esta nova caixa de comentos aniquilou as maiúsculas nos nomes!1 É grave!
 
boss, postar ficheiros de som é fácil:

< embed src="http://endereço-do-ficheiro-de-som">

adicionalmente, podes acrescentar:

< embed src="http://endereço-do-ficheiro-de-som" HEIGHT="60" WIDTH="144" AUTOSTART="false">

height e width especificam as dimensões do "player" que irá aparecer no browser de cada pessoa que aceder à tua página. AUTOSTART="false" faz com que o ficheiro só começe a ser reproduzido quando a pessoa que aceder à página assim quiser. Se colocares "true", o ficheiro começa a tocar assim que se entra na página. Pessoalmente não gosto muito desta opção, mas é como quiseres.

tal como com as imagens, o ficheiro de som deve estar algures num outro site; depois tudo depende das configurações que cada pessoa tiver no seu PC e do tipo de ficheiro de som. mas a lógica é esta.

já agora onde está esse discurso?

e já agora também, força com a vossa luta. Que tenham o engenho e a lucidez para passar a mensagem de que esta luta não é só da comunidade gay, mas de todos aqueles que querem uma sociedade mais igualitária. Estou convosco nesta luta.
 
tira o espaço entre o < e o embed . Tive de o colocar senão o comentário não entrava
 
Olhem, vocês bem que podiam vir aqui dar um arranjozinho à coisa...
 
Obrigado aar, nesta página do El País tem um link para um pop up com o discurso. Tentei sacar o código fonte, mas é demasiado complexo.. vou ver se consigo o ficheiro e seguir as tuas instruções. Mais uma vez obrigado ;)
 
E se por acaso alguém conhecer algumas pastilhas ou drageias ou uma boa pomada contra o pessimismo eu agradecia que me desse o nome. Tenho andado com uma alergia às televisões...
 
Resultou! É mesmo simples! Nunca pensei ;)
 
ah, mas a cena do "false" não funcionou.. toca automaticamente..
 
Boss, olha que a sic talvez tenha sido a que "cobriu" melhor o acontecimento, na rtp fizeram apenas uma referência breve e se não me engano no jornal 2 nem isso aconteceu. Na tvi não faço ideia porque "dessintonizei" :D.
 
porreiro ;) o facto de o false não ter funcionado deve ter a ver com o teu browser; o < embed > não é suportado da mesma forma por todos os browsers.. tudo depende, quer do browser quer do software instalado em cada computador ... é o problema destes ficheiros.

mas pronto. já li o discurso, é fantástico :) o excerto que o MVA postou ... parece tão simples, não é? Viva Zapatero!
 
Não vá o " Sapateiro além da chinela. Este subiu-te ao cu.
 
Enviar um comentário