OS TEMPOS QUE CORREM. Miguel Vale de Almeida


1.5.05  

Desaparecimento e multiplicação.



Óscar Muñoz pinta o seu autoretrato, com água, sobre uma pedra quente. O seu esforço é em vão - a pedra absorve rapidamente a água. A imagem, efémera, desaparece. O resultado, numa projecção vídeo de meia-hora, é assustadoramente bonito.



Gillian Wearing faz autoretratos "como", isto é, pega em velhas fotos de família, reconstroi-se (na roupa, maquilhagem, luz, etc) e fotografa-se: ora posa como a sua mãe, ora como o seu irmão, ora como o seu pai, etc. O resultado, várias grandes fotos de pessoas muito diferentes mas muito iguais, é assustadoramente bonito.

mva | 23:25|