OS TEMPOS QUE CORREM. Miguel Vale de Almeida


29.4.05  

Gays e Católicos.

A propósito da questão sobre a suposta contradição entre dizer-se católico e gay/lésbica, levantada no Renas, é curioso ler um pedaço de um artigo publicado hoje por Josep Miró i Ardèvol (procurar na secção "Diàleg") conhecido ultra-conservador católico (e,claro, anti-casamentos gay e lésbicos) do movimento e-cristians. Diz ele às tantas: «(...) hi ha una concepció incompatible del que és l'Església. Per exemple, quan s'afirma que es pot renunciar a tot menys a l'Evangeli, es comet una reducció que porta al relativisme. L'Església catòlica té l'Evangeli com a guia, però llegit a la llum de la tradició i del magisteri, i no des de la subjectivitat, més pròpia del protestantisme. El credo de la nostra fe n'és la millor constatació. L'Església per als catòlics no és només una associació humana, una mena d'ONG benefactora, sinó una realitat transhistòrica, comunió dels sants i cos místic de Crist.» Se for necessário, traduzo. Mas a ideia é a seguinte: ser católico é necessariamente ser da/pela ICAR, ao contrário do que dão a entender alguns auto-proclamados católicos que não concordam com as ideias da hierarquia (em rigor, para Miró nem deveria ter cabimento a noção de "hierarquia"). Miró acaba por ter uma estranha e perversa razão "técnica": quem quiser seguir "Os Evangelhos" fora da Igreja Católica tal qual ela existe pode fazê-lo no protestantismo. E, recordo: não são poucas as igrejas de origem protestante que são gay friendly. Por exemplo, os Unitários Universalistas estão representados em Espanha...

PS: Espero que não levem a mal o humor, mas uma amiga minha aqui chama carinhosa e ironicamente os seus amigos gay católicos de maricristis (assim como há as musculocas e outros divertidos neologismos...)

mva | 14:12|