OS TEMPOS QUE CORREM. Miguel Vale de Almeida


26.2.05  

As coisas em que as pessoas pensam.

«Por exemplo, no que se relaciona com o modelo de segurança e defesa de Portugal, que é o domínio sobre o qual penso poder pronunciar-me, haverá que implantar uma estrutura para a segurança do Estado português que permita, com eficiência: 1) avaliar permanentemente as ameaças de todo o espectro que nos podem afectar (tanto as não militares como as militares); 2) analisar a cada momento a situação estratégica envolvente, e propor as modalidades de acção convenientes aos órgãos de decisão política, especialmente aos órgãos de soberania; 3) formular um Conceito Estratégico Nacional que não respeite apenas às matérias da Defesa, mas envolva todas as actividades do Estado e sirva de directriz orientadora/inspiradora para a Nação. Isto exigirá: serviços de informações eficazes, e a criação de um órgão de staff e outro de conselho que apoiem os órgãos de soberania e os responsáveis políticos;(...)».

Loureiro dos Santos escreve isto a propósito de supostas "ameaças" à independência nacional contidas numa entrevista a Carod Rovira. Loureiro dos Santos não percebe nada. Não percebe nada sobre a dinâmica do Estado Espanhol, sobre os diferentes nacionalismos dentro desse espaço, sobre a Catalunha. E, sobretudo, ainda não percebeu que Portugal está na UE e, dentro da UE, está na Península Ibérica. O extracto acima transcrito releva, ele sim, de um insuportável nacionalismo tropeiro. Estas ideias ainda irão medrar na legislatura socialista?

mva | 11:53|