OS TEMPOS QUE CORREM. Miguel Vale de Almeida


10.12.04  

Marquem na agenda: 20 de Fevereiro.

Por estranho que pareça, gostei do discurso de Sampaio. A linguagem foi política e não notarial. Marcou bem as razões: a perda de credibilidade do governo devido a uma sucessão de episódios desprestigiantes; a criação de instabilidade; a normalidade de convocar eleições em democracia e a legitimação que elas permitem ao governo que delas saia; e ainda adveritu para a situação de limitação política em que o actual governo vai estar durante dois meses (marcano, ainda, que vigiará a sua actuação). Hoje falou claramente (e disse-o, com a designação "consciência colectiva") em nome da maioria do país.

Dias Loureiro confidenciou que Santana Lopes lhe disse, há tempos, que "eles [isto somos nós, claro...] não me vão perdoar por estar aqui sem ter sido eleito" (mais ou menos isto). Pois não. Não perdoaram. Não perdoámos. E a 20 de Fevereiro isso vai ficar claro.

mva | 20:40|