OS TEMPOS QUE CORREM. Miguel Vale de Almeida


30.12.04  


Autora: Sara

Fala-se muito nos factores sócio-culturais ou até aspectos genéticos no que respeita à temática homossexual. Desde adolescente que ouço falarem que é algo inato, adquirido ou até uma junção dos dois, mas a verdade é que nem mesmo os estudos mais recentes conseguiram até agora determinar a génese da homossexualidade com precisão. [A mim, pessoalmente, é algo que não me tira o sono...]

Desde as culturas da antiga Grécia até às comunidades árabes - muitas raparigas iniciam comportamentos homossexuais como forma de viverem uma sexualidade aberta sem perderem a virgindade - ou até mesmo nas prisões podemos encontrar comportamente culturais ou sociais mais ou menos aceites. Nestes casos a componente genética não é posta em causa. Para quê!?

Por outro lado, quando duas pessoas do mesmo sexo se sentem atraidas uma pela outra mas não são abrangidas pelas situações acima mencionadas, a componente genética é posta em relevo. Num universo vasto de homens e mulheres em que um homem escolhe outro homem e uma mulher outra mulher não pode ser algo natural no sentido normativo. dEus A norma diz que heterossexual é o normal.

Nesse contexto diria que o heterossexualidade além de ter uma forte componente genética ? E isso é indiscutível! ? tem também uma forte componente sócio-cultural. Ninguem nasce e é educado desde muito pequeno para ser homossexual, mas todos nascemos e somos educados para a heterossexualidade!

Todos os heterossexuais independentemente da maioria se sentir atraida pelo sexo oposto, são-no porque foram educados para tal. Além da componente genética predominante para a heterossexualidade não seria muito mais justo dar relevo a uma possível homo/ bissexualidade desde o nascimento da criança, e não vendar-lhe a priori outras possibilidades além da "norma"?

mva | 13:45|