OS TEMPOS QUE CORREM. Miguel Vale de Almeida


24.6.04  

Rosa e cinza.



Graças a uma sugestão da Anabela, descobri, depois de ler este simpático artigo, este sítio interessante, agora que o cor-de-rosa e o cinzento se juntam cada vez mais num arco-íris muito peculiar... Passará a constar dos blinks. Não existe, a meu ver, nenhuma guerra de gerações. Existe, sim, um modelo hegemónico, em toda a sociedade ocidental contemporânea, de obsessão com a saúde, a fitness e a juventude, sentido tanto por jovens como por velhos, heteros e LGBTs. O seu efeito negativo afecta todos: os velhos, que se sentem excluídos; os jovens, que ficam desprovidos de uma noção positiva de tempo e envelhecimento, que vai fazê-los sofrerem mais quando chegarem a velhos. Será esta síndrome etarista mais forte entre os gays? Talvez, mas sobretudo ao nível da visibilidade social (bares, revistas, publicidade, porn, engates, etc.) pela simples razão de que o que aí está em causa é mesmo o consumo dos corpos.

mva | 16:57|