OS TEMPOS QUE CORREM. Miguel Vale de Almeida


21.6.04  

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Estava aqui a rever uma tradução (de Catarina Mira) e lembrei-me de transcrever esta passagem de Judith Butler em Gender is Burning. Pareceu-me propositada, em semana de marcha ( e Euro...) e assim partilho um pouco o trabalho, para lá da solidão do gabinete:

«Afirmar que todo o género é como o drag, ou que é drag, é sugerir que a "imitação" está no centro do projecto heterossexual e dos seus binarismos de género, que o drag não é uma imitação secundária que pressupõe um género anterior e original mas, sim, que a heterossexualidade hegemónica é ela mesma um esforço constante e repetido no sentido de imitar as suas próprias idealizações.»

PS: (Esta agora é vaidosa) Antes de sequer conhecer a Butler eu já tinha escrito algo de semelhante em relação à masculinidade. É o que se pode chamar invenção paralela (ou o simples facto de muitos de nós pensarmos com os mesmos ingredientes).

mva | 14:37|