26.6.04
Marchar, marchar!
A marcha lgbt foi óptima. Foi notório que cresceu um pouco em relação ao ano passado. A divisão em alas acabou por aumentar o colorido da marcha; a escola de samba acrescentou festa à festa; e o facto de o discurso final ter sido feito por uma pessoa transgénero marcou o fim da nossa obediência aos preconceitos. A marcha só não cresceu mais por causa da falta de publicidade - e de publicidade com efeito. Só resolveremos este problema com organização e dinheiro, duas grandes pechas do nosso movimento, que precisa da marcha e dos materiais de propaganda como pão para a boca, se quiser recrutar gerações novas de militantes.
PS: Ao contrário do que alguma comunicação social deu a entender, António Serzedelo e a Opus Gay NÃO fizeram parte da organização da marcha. Embora a marcha, enquanto decorre, seja de tod@s e tod@s sejam bem-vind@s e desejad@s, há um mínimo de rigor que se exige da comunicação social - e da informação que a ela se transmite.
PPS: Hoje ouvi o Francisco Louçã dizer uma frase excelente: "A direita está a comportar-se como se o poder fosse propriedade privada". De facto, a democracia é o projecto Moderno de socialização do poder. Convinha que alguém lembrasse isto a Jorge Sampaio.
mva |
19:40|
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