OS TEMPOS QUE CORREM. Miguel Vale de Almeida


29.6.04  



Leiam esta carta de um perigoso esquerdista, que às tantas diz: «É certo (...) que o País ganha em beneficiar com a estabilidade política e governativa. Mas quem quebrou a estabilidade, neste caso, foi o primeiro-ministro cessante, não foi o Presidente da República, nem o Parlamento.» E este artigo, de um verdadeiro terrorista, dizendo irresponsavelmente que «Durão Barroso devia envergonhar-se da situação em que a sua imprevidência política lançou o país.» Ou, ainda, este, cuja autoria não é divulgada no Público on-line (!): «O que é inaceitável é esta situação de sequestro da República - em que, depois de se ter ganho eleições com promessas eleitorais que se quebram no dia seguinte, se fazem promessas de fidelidade ao Governo que se quebram passados uns meses e se tem o desplante de, escassos dias após uma derrota eleitoral, pretender impor ao país e ao Presidente da República um primeiro-ministro que nunca foi a votos para tal...». Por fim, este, vindo "da Europa": «Uma solução meramente mecânica da questão não estará à altura do acontecimento. E ninguém o saberá melhor que o Presidente da República, garante do nosso equilíbrio político, que nunca é meramente formal.»

mva | 10:06|