OS TEMPOS QUE CORREM. Miguel Vale de Almeida


27.5.04  

Querelle de Bahia.



De repente, escrever sobre o Brasil deu-me nostalgia. Fico logo "em trânsito", uma espécie de suave transe, em que viajo até lá na cabeça. Este movimento fez-me recordar a única figura religiosa por que nutro algum carinho: o Marinheiro, ou Mano Marinheiro, ou Martim Pescador, figura do Candomblé que encarna as qualidades de Mercúrio e Hermes (e que eu vejo como santo padroeiro da interpretação antropológica...). Um bebedolas malcriadão que liga este mundo ao(s) outro(s), bamboleante como se querem os marujos, de-cá-pra-lá Atlântico fora. Aqui fica o meu, comprado num mercado bem popular da parte baixa de Salvador (e visto ao vivo, incorporando uma das minhas mães de santo favoritas lá em Ilhéus - mas para isso têm que ler o meu livro "Um Mar da Cor da Terra"...).

mva | 21:36|