OS TEMPOS QUE CORREM. Miguel Vale de Almeida


24.4.04  

MEDIAWATCH.
Público.

Diz-me a quem agradeces, dir-te-ei quem és: «Valentim limitou-se a agradecer "a todos os que enviaram mensagens de apoio", sublinhando uma que "muito" o sensibilizou, a de Pedro Santana Lopes»

De como o Público já teve um Livro de Estilo: «A dimensão da tragédia de quinta-feira na Coreia do Norte foi de tal dimensão que o regime de Pyongyang lançou um raro apelo de ajuda ao mundo.»

As armas de destruição maciça existem, os caixões não: «A política oficial do Pentágono é proibir a captação de imagens de caixões ou funerais militares.»

De como a conversa de púlpito passa por ciência política (ou de como é perigoso exagerar nos Poppers):«Permanece o caso mais fundamental da atitude. É discutível se os governos devem assustar os seus cidadãos pintando o cenário de horror do ataque "inevitável". A verdade - para voltar a citar Popper - é que "devemos avançar para o desconhecido, o incerto e inseguro", venha o que vier.»

Presumível culpada depois de proferida inocente: «Uma cidadã portuguesa, Maria do Céu Duarte, que na quarta-feira viajou de Lisboa para Londres e daqui para Nova Iorque, foi detida no aeroporto J.F. Kennedy, cerca das 19 horas desse dia, à saída do avião. Metida durante várias horas numa sala com algemas nos pés, foi questionada sobre uma organização denominada "FP 225".» [Céu Duarte foi absolvida - após 3 anos de prisão]

E agora o que é que eles fazem aos domingos?: «Na apresentação do documento sobre os abusos na liturgia, ontem, no Vaticano, o cardeal Francis Arinze, responsável da Congregação para o Culto Divino, afirmou que os padres devem negar a comunhão a políticos que defendam o aborto.» [a comunhão não é, em rigor, canibalismo simbólico?]

mva | 11:55|