31.12.03
VISTOS.
"El Mar", em DVD e "The Good Girl" no cinema. O primeiro junta os ingredientes "guerra civil espanhola" e "repressão católica" para construir um dramalhão gay, do género "nós até gostávamos de ser felizes, mas como não podemos, a nossa estética de auto-representação é o sofrimento e a queda". Prefiro a Margaret Cho gozando/revoltando. O segundo pensa que inova mas repete a estratégia ortodoxa do cinema independente americano: a América é uma província chata, habitada por pessoas vazias e alienadas, onde quebrar as regras ou tentar segui-las é um "preso por ter cão, preso por não ter", pois a tudo preside o princípio da impossibilidade de comunicação/comunhão entre as pessoas. Esse é o resultado negativo duma cultura que confunde a liberdade individual com o individualismo, recusando ver quanto é determinado pelas estruturas sociais. Mas a Margaret Cho di-lo melhor.
Ah, sabem o que ela diz? "Um governo que recusa a duas pessoas do mesmo sexo a possibilidade de terem uma lista de casamento é um governo fascista".
mva |
15:45|
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