OS TEMPOS QUE CORREM. Miguel Vale de Almeida


5.12.03  

Sexo!

"A LINGUAGEM CORPORAL DO AMOR NUMA VISÃO INTEGRAL DO HOMEM.
UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA, LISBOA, 28 E 29 DE NOVEMBRO DE 2003
CONCLUSÕES DO CONGRESSO
1. A partir sobretudo da “revolução sexual” tem-se verificado, nas sociedades contemporâneas, uma separação daquilo que a Natureza mantinha ligado: sexo, amor, matrimónio e filhos (família), para se chegar a uma situação de sexo sem amor, amor sem filhos, filhos sem sexo, com todas as terríveis consequências ao nível da estruturação básica destas mesmas sociedades: filhos sem pais, pais divorciados, a multiplicação de experiências afectivas que não satisfazem, traduzindo-se em uniões precárias, instáveis e não-duradouras, entre outras. " (Vejam o resto aqui)

Isto já não é simples opinião, ou questão de crença: isto é terrorismo. Eu, por exemplo, já pratiquei sexo sem amor e não me tornei num monstro do ponto de vista ético e moral; vivo uma relação de amor, sem filhos, e não admito que me acusem de "egoísmo hedonista" por isso; e conheço mulheres decentíssimas que tiveram filhos sem terem tido sexo (hetero). Estes eventos da Universidade Católica (uma contradição nos termos, mas enfim...) são actos propositados de exclusão e perseguição. Graças a d..., parece que a UC vai deixar de receber dinheiro do Estado e de participar no Conselho de Reitores. Será verdade?

PS: Do mesmo universo anti-escolha deste congresso,Telmo Correia do CDS diz que as mulheres não devem ser julgadas por aborto. Ao mesmo tempo elas estão a ser julgadas por aborto (em Aveiro, neste momento, por exemplo). Das duas uma: ou os anti-escolha se assumem e exigem que a lei seja cumprida (caso contrário estão a apelar ao seu não cumprimento), ou aceitam que o aborto não pode ser crime. Mas é claro que passar por uma gravidez e ter uma criança quando não se pode ou não se deseja deve ser para eles uma daquelas situações em que sexo e amor se unem harmoniosamente para manter a "estruturação básica da sociedade"....

PPS: Só para não esquecer algumas coisas simples e básicas: um embrião é um embrião, um feto é um feto, um ser humano é um ser humano.

mva | 18:42|