OS TEMPOS QUE CORREM. Miguel Vale de Almeida


20.12.03  

Cheira mal, cheira a Lisboa

De há uns meses para cá, quando o vento sopra de Sul e o céu está nublado, cheira pessimamente em Lisboa. O cheiro é igual ao que se sente quando se passa perto duma fábrica de papel. Não me lembro de este cheiro atingir Lisboa com esta frequência noutros Invernos (época em que é mais frequente o vento soprar de Sul e imediações). Ora, partindo do princípio de que o vento não sopra mais de Sul do que antes, ou alguma celulose (ou equivalente) está a produzir mais e/ou a emitir mais poluentes, ou construiu-se uma nova. Como é possível, então, que ninguém responsável venha falar sobre o assunto?

Um colega na Assembleia Municipal, do Partido Os Verdes, também referiu este assunto numa reunião duma Comissão. Todos os presentes disseram que nunca lhes cheirou mal e que isso "era mania dele". Eu pelo menos fiquei aliviado por saber que nada de errado se passa com as minhas narinas. E comecei logo a elaborar uma teoria selvagem sobre como as pessoas estão tão habituadas a sujeitarem-se a toda a espécie de porcarias que já nem notam novos ataques à ecologia...

Mas tenho a janela fechada. Neste momento, 12h50 do dia 20 de Dezembro de 2003, cheira HORRIVELMENTE lá fora. Quem estiver online agora, vá "ver"...

mva | 12:53|